domingo, 15 de dezembro de 2013

Homenagem - Délio Cezar e Zezão ( Makioke ) câmara Londrina Título

Homenagem - Délio e Zezão voltam à Câmara em grande estilo

Eles brilham há décadas e têm lugar de destaque na história da comunicação londrinense. São bem mais que ilustres cidadãos diplomados
Londrina - Ambos foram vereadores por uma legislatura e estão na elite dos comunicadores de Londrina há décadas. As duas trajetórias são documentos vivos de como o setor evolui na maior cidade do interior do Estado desde os anos 1960. Juntos, somam mais de um século de trabalho. Viraram grife de qualidade. Colocaram em prática o conceito que se consagraria no século 21, a era multimídia e dos profissionais ecléticos. O radialista foi apresentador de TV, ator, cantor, animador de auditório, mestre de cerimônia. O jornalista e advogado, fez as vezes de radialista, teve site, comandou muitos telejornais. José Makiolke, o Zezão, e Délio César, agora são oficialmente londrinenses ilustres. 

Zezão recebeu o diploma na sessão solene do dia 6. Como nasceu na cidade, após a homenagem se tornou Cidadão Benemérito, iniciativa do vereador Tio Douglas (PTB), subscrita por 14 vereadores. Délio, que se tornou um pé vermelho na adolescência mas é nascido em Alegre (ES), região da Serra do Caparaó (monumental conjunto de montanhas na tríplice divisa com Minas Gerais e Rio de Janeiro), foi homenageado na sexta-feira com o título de Cidadão Honorário, uma espécie de naturalização. A honraria foi concedida pela vereadora Elza Correia (PMDB), com o apoio de outros 11 vereadores. 

Mestres de gerações, a dupla teve trajetórias paralelas, que se tornaram perpendiculares em uma ocasião, quando trabalharam juntos na TV Coroados, na década de 1970. Délio como diretor e Zezão como apresentador do noticiário local que antecedia o Jornal Nacional. 

Outro ponto convergente da biografia dos dois é a experiência na política. Délio foi mais longe. Exerceu o cargo de vice-prefeito. Chegou a comandar o município 

por curtos períodos – segundo suas contas, nove vezes – entre 1983 e 1988. Na ocasião, ele era o vice do governo Wilson Moreira. Ele foi incumbido de passar o bastão para Antonio Belinati, que assumia o segundo mandato. Foi procurador jurídico da Câmara por seis anos. A experiência mais importante, contudo, chancelada pelo voto direto, ocorreu no emblemático 1968, quando o velho MDB, sigla oposicionista nos tempos mais duros da ditadura militar, triunfou solenemente em Londrina, com a eleição do prefeito Dalton Paranaguá para prefeito. 

A vitória na disputa por uma vaga na Câmara mesmo sem ter feito campanha é explicada por ele mesmo pelo sucesso do Festival Universitário, evento comandado por ele e que trazia para Londrina toda a ebulição que misturava arte com engajamento político dos grandes centros. Fizeram parte da mesma legislatura, a 6ª da Casa, Álvaro Dias, Antonio Belinati, José Antonio Del Ciel, Romeu Curi, José Alencar e Edson Gradia. "Fui um vereador sério. Comparecia a todas as sessões", classifica-se. 

Makiolke também passou pela Câmara. Foi eleito cinco legislaturas depois da passagem de Délio, entre 1993 – 1996. Diz que se decepcionou com a política, que prefere ser conhecido como "um vereador assistencialista mas mais sensível do que um grande político que trata as pessoas com frieza". Os votos foram conquistados com a popularidade obtida com um espetáculo performático, que levava o radialista, então da Paiquerê FM, para o palco, onde ele incorporava o Rei do Rock, Elvis Presley. O show rodou os bairros e transformou o ex-sisudo apresentador de telejornal em um ícone pop da cidade. 

A política é página virada, um assunto desconfortável, mas o que o fez ganhar a confiança dos eleitores ainda está muito vivo, o amor pela música e a vontade de divertir as pessoas. Para relembrar os velhos tempos, Zezão está preparando um grande especial para ser veiculado no ano que vem, celebrando os seus 50 anos de rádio. O programa vai fazer uma viagem no tempo. "Vai se chamar ‘As mais lindas versões de todos os tempos’ e será dividido em cinco partes", explica ele, que passa horas e horas à frente do computador, navegando no Youtube, em busca de um clássico que o emocione o suficiente para entrar na galeria. "Só vai ter filé", avisa.  Lúcio Flávio Moura - Reportagem Local

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